top of page
Buscar
Foto do escritorGustavo Oliveira

Como tornar o Condomínio um Lar?

Atualizado: 22 de ago. de 2021

O bom relacionamento entre as pessoas que moram ali, a existência de elementos que representam cada um e também todos que vivem em seu condomínio e a possibilidade de se valer da vida em comunidade para tornar o mundo um lugar melhor de se viver desempenham um papel essencial em nossos níveis de felicidade


Estudos demonstraram que as pessoas mais felizes, sem exceção, são aquelas que tem amigos próximos ou familiares que lhes dão apoio, neste sentido, compaixão, preocupação com os outros, gratidão, interação social e cooperação estão programados para ser intrinsecamente gratificante para os humanos, sem isso não seríamos criaturas sociais e o individualismo prevaleceria. O ato de cooperar com outro ser humano pode gerar uma quantidade significativa de dopamina, nos fazendo sentir tão bem como se estivéssemos recebendo algum tipo de droga que afetasse o sistema dopaminérgico.


Assim sendo, considerando que os condomínios são de fato comunidades. Depois de compreender e aceitar que há um claro vínculo entre pertencer a uma comunidade e aumentar a felicidade, para responder a pergunta ‘como transformar o seu condomínio em um lar?’ cabe perguntar se o condomínio que vivemos é realmente uma comunidade?





O que significa comunidade no contexto de um condomínio?


O sentimento de que somos reconhecidos, respeitados e valorizados, ajuda muito a tornar o condomínio em uma comunidade, sentindo-se assim haverá um pertencimento ao lugar e todos se acharão iguais e bem-vindos, como se um pouco das suas características individuais estivessem ligadas a um coletivo maior, podendo assim contribuir para algo que extrapolasse o indivíduo.


Neste sentido, considerando que o principal objetivo de uma sociedade deve ser proporcionar uma vida saudável e feliz aos seus cidadãos, todos deveriam buscar fazer parte de uma comunidade onde conhecêssemos nossos vizinhos e nos sentíssemos conectados a algo maior do que nós mesmos. É evidente também que uma comunidade próspera certamente proporcionará um condomínio melhor e mais forte.


Como começar corretamente?


Independente do tipo de condomínio que se mora é possível fazer algo em prol deste sentimento de comunidade, não é necessário aguardar uma assembleia ou algo do tipo, pequenas ações podem começar a incutir esta característica, mas o papel de um síndico, alinhado com os objetivos dos condôminos, pode ser essencial. Havendo possibilidade, o síndico profissional ou voluntário deve assumir o papel de liderança e demonstrar, tanto para os funcionários quanto para os moradores, quais atitudes favorecem a criação de uma comunidade.





Os condomínios em implantação geralmente tem longas reuniões nas quais são tomadas decisões críticas como, p. ex., a eventual necessidade de processar a construtora, contratar auditoria de desempenho, realizar renegociação de contratos, orçamentos e definir políticas e procedimentos básicos para garantir um condomínio bem administrado, mas a vontade de construir uma comunidade mais forte e conectada nunca é explicitamente incluída como um item da agenda.


O síndico pode propor a realização de ações beneficentes periódicas, e assim promover um maior sentimento de responsabilidade cívica entre os moradores. A realização de atividades voltadas para os diversos públicos daquele condomínio, das crianças aos idosos, casais com e sem filhos, workaholics e boêmios, também é uma ótima forma para transformar o seu condomínio em um lar, mas para isso é importante ter em mente que é impossível agradar a todos, e tentar isso apenas fragmentará os esforços.


O objetivo é muito nobre e igualmente desafiador, pois existe uma certa resistência ao novo que, se somada às características de um condomínio, onde as decisões devem ser discutidas pelo Conselho e até aprovadas em Assembleias, podem exigir grande esforço daqueles que buscam transformar o seu condomínio em um lar. Todos os envolvidos na implementação dessas decisões (funcionários, voluntários, membros da comunidade) devem estar continuamente engajados e alinhados com uma visão ampla dos benefícios pretendidos. É importante criar uma estrutura que forneça direção e foco claros, ao mesmo tempo que deixa espaço para crescimento e adaptação às necessidades em constante mudança da comunidade.


Quais resultados esperar?


Como medir os níveis de felicidade das pessoas e a conectividade com a comunidade do condomínio a que pertencem? Os resultados não são imediatos e o impacto de todos esses esforços é em grande parte não quantificável e intangível. Também leva tempo para que uma cultura compartilhada se estabeleça entre os membros da comunidade. No longo prazo, entretanto, é provável que os investimentos feitos levarão a uma comunidade condominial mais forte, mais bem mantida, mais segura e mais agradável.





É possível que a felicidade proporcionada pelas ações em busca de transformar o seu condomínio em um lar não sejam notadas por aqueles que tanto se empenharam. Mas também é possível afirmar, com assertividade de uma das leis da física, que ao nos sentirmos deprimidos e infelizes passaremos a ver mais coisas ruins e continuaremos neste estado. Da mesma forma, quando nos sentimos felizes a tendência será vermos mais coisas boas e perpetuar o ciclo de felicidade.





90 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentarios


bottom of page